Feira de Santana possui quatro casos suspeitos de varíola dos macacos e nenhum caso confirmado até o momento.
As amostras aguardam os resultados da investigação, que é feita através do laboratório da Fiocruz, no Rio de Janeiro.
Em entrevista ao Acorda Cidade, a coordenadora da Vigilância Epidemiológica do município, Carlita Correia, ressaltou que a média de tempo para que o laboratório entregue os resultados é em torno de 15 dias, porém há possibilidade de que as análises chegam entregues em tempo menor que este.
“Não temos casos confirmados no momento, porque precisamos aguardar o resultado do laboratório da Fiocruz, no Rio de Janeiro, e por enquanto continuamos a chamar esses casos de suspeitos até que chegue qualquer resultado que possa identificar de que realmente se trata da doença ou alguma outra comorbidade”, informou Correia.
Segundo ela, o perfil dos pacientes é de jovens, tanto homem quanto mulher, porém não deu mais detalhes acerca das idades. Todos foram orientados a permanecer em isolamento, enquanto os resultados não chegam.
“Como o tempo de transmissão é de duas a quatro semanas, eles são orientados a ficar em isolamento, porque esse é o período em que podem transmitir, caso seja positivado. Eles precisam cumprir esse isolamento para que não transmitam para outras pessoas, sendo positivos ou não. A pessoa deve ficar isolada em um espaço que ela também não transmita para a família dela”, explicou.
A coordenadora da Viep destacou, no entanto, que não há motivo para pânico quanto à doença.
“Na verdade, a gente tem outras doenças muito mais graves, assim como viemos de um período pandêmico que se mostrou muito letal. A gente se preocupa mesmo com a transmissibilidade e com os cuidados para que a gente não torne essa doença uma gravidade, então a gente consegue controlar isso e dar um acompanhamento, um suporte”, encerrou.
Sintomas
De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), os sintomas mais comuns da doença são febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, adenomegalia, calafrios e exaustão.
A infecção é autolimitada com sintomas que duram de 2 a 4 semanas, podendo ser dividida em dois períodos: invasão, que dura entre 0 e 5 dias, com febre, cefaleia, mialgia, dor nas costas e astenia intensa.
A erupção cutânea começa entre 1 e 3 dias após o aparecimento da febre e tem características clínicas semelhantes com varicela ou sífilis, com diferença na evolução uniforme das lesões.
Caso alguém apresente esses sintomas, deve buscar atendimento nas unidades de saúde e realizar o teste.
De acordo com o último boletim da Secretaria de Saúde do estado (Sesab), a Bahia totaliza dezenove casos da doença: 13 em Salvador, sendo um destes diagnosticado em uma criança de 2 anos, dois em Santo Antônio de Jesus, um em Cairu, um em Conceição do Jacuípe, um em Ilhéus e um em Mutuípe. Além dos confirmados, a Bahia tem notificados 98 suspeitos.
Transmissão
A transmissão ocorre por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o contato próximo com pessoas infectadas ou materiais contaminados deve ser evitado. Luvas e outras roupas e equipamentos de proteção individual devem ser usados ao cuidar dos doentes, seja em uma unidade de saúde ou em casa.
Ainda segundo o órgão de saúde, a transmissão de humano para humano está ocorrendo entre pessoas com contato físico próximo com casos sintomáticos.
Fonte: Acorda cidade Com informações do repórter Ney Silva e da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab)
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